sexta-feira, 29 de junho de 2012

Trabalho profissional do assistente social – fundamentos e instrumentalidade


                                                                                                                                              Por *Pedro Miguel Muniz Junior


O objetivo de descrever estas linhas, embasados no referencial teórico marxiano e na reflexão da obra da Assistente social, mestre e doutora em Serviço Social pela PUC-SP, Professora da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Yolanda Guerra (2000); é o de refletir sobre a instrumentalidade no exercício profissional do assistente social como uma propriedade ou um determinado modo de ser que a profissão adquire no interior das relações sociais, no confronto entre as condições objetivas e subjetivas do exercício profissional.

O trabalho profissional do assistente social – em seus fundamentos e instrumentalidades – deve exercitar em seu espaço ocupacional ações de potencia junto aos seus usuários – sujeitos sociais. O aprofundamento teórico-metodológico, ético político, técnico-operativo devem ser referencias para as “metas”  “efetividades” que devam ser “alcançadas”.

Para clarear o entendimento desta reflexão devemos fazer um recorte de onde, como, quando e porque destas linhas.
O recorte de onde queremos “investigar” o Trabalho profissional do assistente social – fundamentos e instrumentalidade é nos Centro de Referência de Assistência Social – CRAS - localizado no município de Lages, Estado de Santa Catarina – Brasil. É necessária esta localização para uma compreensão da totalidade que as políticas públicas devam direcionar seus esforços na construção de “metas sociais” que o Estado – que é o co-financiador destas políticas – quer alcançar. Para que ocorra a efetividade destas políticas é necessário o profissional na elaboração, organização, implantação, execução, avaliação e monitoramento, destas.

O assistente social é “encarregado” de executar estas ações que o Estado brasileiro direciona, embasados na sua competência profissional adquirida na formação acadêmica, o profissional de Serviço Social vai operacionalizando estes direcionamentos. Observando que para entendimento da complexidade envolvido nos complexos que a totalidade nos apresenta devemos fazer a pergunta, como, entender a realidade em seu movimento constante de suas partes – a totalidade, a contradição e a medição – são categorias que devemos abstrair para que possamos nos aproximar da ontologia do ser social problematizada pela Questão Social. O como, fazer o trabalho profissional, embasado em um Projeto Ético Político que direciona o rompimento desta questão social devam ser o caminho que devemos buscar em nosso exercício profissional. Assim a construção de metodologias transformadoras na busca constante da aproximação da realidade é o caminho para concretizar o como fazer nosso trabalho. Como trabalhadores sociais, na relação entre: trabalho – objetos e sujeitos sociais devem compreender o processo de pseudoconcreticidade, conforme o pensamento de Karel Kosik  (1976), nesta relação de mascaramento da realidade social.

O quando que devemos buscar como meta neste exercício profissional do assistente social é o processo histórico. A dialética como processo instrumental didático informativo ou segundo o pensamento de Guerra (2000) “A instrumentalidade, como uma propriedade sócio-histórica da profissão, por possibilitar o atendimento das demandas e o alcance de objetivos (profissionais e sociais) constitui-se numa condição concreta de reconhecimento social da profissão” (p. 02).

Assim o quando se torna “salto histórico”, rompimento do “fazendo e apreendendo” - pensamento a tendência positivista que racionaliza as atividades no processo ontológico do ser social, tornando estas relações históricas abstratas e funcionais.  O assistente social apropriando-se da Razão Dialética aprofunda o conhecimento da realidade, aproximando-se deste processo histórico, entre sujeito-trabalho e ser social. Concretizando as relações tornando às concretas e históricas, desmistifica os objetos e a tomização do indivíduo. A pesquisa no exercício sócio - ocupacional deve ser um indicativo do quando.

Finalmente o porquê é o entendimento dialético concreto da realidade que o trabalho profissional do assistente social – em seus fundamentos e instrumentalidade – deva apoderar-se nesta constituição metodológica do Projeto Ético-Político da Profissão. Este Projeto é embasamento concreto – é razão dialética – no processo profissional. Inovar instrumentos de investigação e pesquisa deve ser razões de aprofundamento teórico metodológico na operacionalidade em espaços sócio ocupacional do profissional de Serviço Social. Embasados na competência adquirida na formação e tendo como sentido profissional o porquê como processo histórico dialético na perspectiva de inovar os instrumentos técnicos e instrumentaliza-los. Constituir a competência no exercício profissional em capacidade reflexiva, fundamentado o entendimento da Razão Dialética adquirida no exercício profissional, é processo formativo que os assistentes sociais poderão; modificar, transformar, alterar as condições objetivas e subjetivas das relações interpessoais e sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano.

Assim estendemos a Razão Dialética (substantiva e emancipatória) no mais alto nível de razão da essência dos fenômenos sociais: critico e emancipatório. Incorporando a contradição, o movimento, a negatividade, a totalidade, as mediações. Rompendo a Razão Instrumental limitada na operação formal-abstrata nas práticas instrumentais manipuladoras do cotidiano, fragmentadas no funcionalismo da ordem burguesa positivista.

A reconstrução desta lógica pela via do pensamento dialético histórico materialista constitui se em instrumentos substantivos: potencia do ser social no processo de reconhecimento coletivo de classe em si. O trabalho profissional do assistente social em seus fundamentos e instrumentalidade se instituí, não apenas na execução de encaminhamentos de serviços e benefícios; mas na apropriação da investigação e pesquisa participativa elaborada pelo assistente social em seu exercício profissional.

*Assistente Social - membro do NUPSS. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Na luta com a categoria dos servidores públicos municipais

                                                                                                        Por Pedro Miguel Muniz Junior
 
O Núcleo de Profissionais de Serviço Social da Região Serrana - NUPSS - esta na "luta" - junto - com os psicologos, assistentes sociais e toda categoria dos Servidores Públicos Municipais de Lages por melhores condições de trabalho e renda e uma vida digna.
 
Estivemos presentes nas primeiras reuniões do Grupo - enviando representantes do NUPSS - infelizmente não foi possível acompanhar, de forma presencial outras reuniões do Grupo; mas acreditamos que este "movimento" deva continuar e se fortalecer cada vez mais.
 
No próximo dia cinco (05) de Julho - quinta-feira às 19h na Mid Lages (anexo Uniplac) - O NUPSS vai estar reunindo-se e deliberando um membro de sua equipe para estar acompanhando, de foma presencial, as reuniões deste Movimento de Servidores Públicos Municipais. Tendo o objetivo de estar contribuindo e auxiliando no processo de discussão, articulação e inovação (motivação na construção de uma agenda Prospectiva: Plano de Carreira, Qualidade no Trabalho, Unificação dos Estatutos dos Servidores Municipais, Formação Continuada técnica/qualitativa dos servidores municipais, Plano de Saúde e Lazer para os servidores municipais, dentre outras discussões).
 
O Nupss é parceiro na "luta" da Classe Trabalhadora, incorporadas em suas categorias profissionais, sabendo que o "movimento" da Classe Trabalhadora e as crises no capitalismo, vivenciadas no momento atual, força o "enjugamento" dos recursos financeiros do Estado: as categorias profissionais devem e estão abrindo os olhos para este momento histórico. A conscientização e articulação entre as categorias profissionais - não coorporativa - e sim coletivas, devem posicionair-se nesta disputa -
*Blocos de Poder - coletivamente como classe para si, constituindo-se e identificando seus interesses coletivos históricos.
 
Somos e estamos parceiros do grupo e de "nossas" lutas em comum: psicologo(a)s, assistentes sociais, servidore(a)s, trabalhadore(a)s.
Assim estamos dando um grito (dialogando) e comunicando-se, fazendo sinal de fumaça...
 
*Blocos de Poder e Hegemonia: A construção da hegemonia exige, compromissos de classe, superação de interesses particularistas e individuais, abertura de espaços para congregar as várias frações de classe.
A noção de hegemonia enquanto totalidade significa a unificação da estrutura em superestrutura, da atividade de produção e de cultura, do particular econômico e do universal político. Não se trata de uma universalidade ideológica, mas antes concreta, pois os interesses particulares passam a articular-se com os interesses universais. O grupo social universaliza-se porque absorve, num projeto totalizador, a vontade dos grupos subalternos, "num trabalho incessante para elevar intelectualmente estratos populares cada vez mais amplos, isto é, para dar personalidade ao amorfo elemento de massa, o que significa trabalhar e suscitar intelectualmente elites intelectuais de um tipo novo, que surjam diretamente das massas e permaneçam em contato com elas" (Gramsci, 1977: 1.591). Hegemonia é, assim, por um lado, vontade coletiva, e, por outro, autogoverno; e esse último se alcança através de um trabalho "de baixo" que incorpora o singular ao coletivo e que, nesse processo, não mantém os grupos subalternos no plano inferior, mas os eleva, torna-os mais capazes de dominar as situações, confere-lhes uma maior universalidade, o que significa, para Gramsci, a realização de uma "reforma intelectual e moral".
 
Referencia Bibliográfica:
GRAMSCI, A. Quaderni del carcere. Edição crítica de Valentino Gerratana. Torino, Einaudi, 1977. 4 v.

domingo, 17 de junho de 2012

Encontro com assistentes sociais da prefeitura de Lages na AMURES


Dia:  Quarta-feira (20)
Horário:  14hs.

Senhore(a)s Assistentes Sociais da Prefeitura do município de Lages – SC

É com grande estima que convidamos todo (a)s o (a)s assistentes sociais que trabalham na Prefeitura do município de Lages para encontro – Evento – que acontecerá na próxima quarta-feira dia 20 de Junho de 2012 às 14h na AMURES no Centro da Cidade.

Contamos com toda categoria – para Convidar o(a)s outro(a) s assistentes sociais que trabalham na prefeitura –  para estar PRESENTE neste dia (20) para conversarmos com a assistente social Lurdinha do CRESS-SC.