domingo, 5 de maio de 2013

Aconteceu o início do curso de sistema de mediação


Aconteceu no dia 03/05/2013, na ultima sexta-feira, a “aula inaugural” do Curso de Sistema de Mediação no CRAS l, Rua Lauro Liz Costa,s/n no Bairro Popular. Com a presença do Professor Domingos da Uniplac. O encontro contou com a presença de profissionais: assistentes sociais, professores e estudantes do Curso de Serviço Social da Uniplac. Na oportunidade foi confraternizado o Espaço Cultural do Centro de Referência de Assistência Social do CRAS l. A aula inaugural contou com a reflexão da temática: A ontologia do ser social, sendo esta, palestrada pelo Professor Domingos. Em seguida foram debatidas as categorias do método marxiana pelo grupo presente. O próximo encontro será disponibilizado nos próximos dias. O NUPSS informa que estão abertas as inscrições para o próximo encontro – séries 1, 2, 3 – a realizar-se em locais diversos, conforme “sugestão” dos interessados.

Aula Inaugural: A mediação como categoria central da intervenção profissional

Com a incorporação da categoria na discussão metodológica, o campo de intervenções profissionais passou a ser percebido, mais ainda, como um campo de mediações, desafiando a categoria dos assistentes sociais ao desvelamento da sua estrutura complexa.
O campo de intervenções profissionais, freqüentemente, aparece na representação de profissionais, que se valem de “moldes abstratos-formais”, despido de mediações; ou seja, na forma da imediacidade, fato este que conduz estes profissionais a formulações e ações “unilaterais e unilaterizantes”, tanto no plano da concepção quanto da intervenção da profissão. Salta aos olhos a necessidade de superar as limitações do “equipamento metodológico” através da categoria mediação.
A particularidade histórico-social da profissão representa o alcance de um complexo de análise-síntese do movimento do modo de ser mesmo da profissão na estrutura social. Significa conjugar a dimensão da singularidade, com a universalidade, para se construir a particularidade. No plano da singularidade, comparecem as formas existenciais irrepetíveis do fazer profissional no cotidiano sócio-institucional, em que os sujeitos estão imersos na repetividade e heterogenidade da vida cotidiana. Na dimensão da universalidade, o fazer profissional é projetado nas leis sociais tendenciais e universais que regem a sociedade, e encontram o sentido de sua inserção histórico-social.
A mediação como categoria, ontológica e intelectiva (reflexiva – razão substantiva) permite, mediante um impulso do real, à razão construir categorias para auxiliar a compreensão e ações profissionais.  É verificado no cotidiano profissional as formulações positivistas e neopositivistas no suporte na prática do dito “a teoria na prática é outra...” sendo necessário retomar, no plano metodológico da dialética, como se processam as mediações entre teoria e prática e vice-versa.

A compreensão do emprego da expressão sistema de mediação apreende à captação histórica dos sistemas da política cultural e educacional – em seu horizonte sociocultural do modo de ser do ser social - como constitutiva imanente e concreta que suscita a ideia de múltiplas mediações associadas em suas dimensões particularizadas. Sendo o sistema de mediação que articula o ser da profissão na dinâmica social, em suas estruturas históricas e processuais. Sendo que “o modo de produção da vida material condiciona o processo em geral da vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas ao contrário é seu ser social que determina sua consciência” (Marx, 1982)

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