segunda-feira, 9 de julho de 2012

Municípios têm destaque no monitoramento do Suas

 Em abertura de evento nessa quarta-feira, Tereza Campello agradeceu aos gestores e técnicos das prefeituras no sucesso da avaliação e monitoramento da assistência social


As ferramentas de avaliação das políticas sociais brasileiras que são empregadas em todos os municípios do país só estão funcionando porque o gestor local está exercendo o seu papel. “A gente vem avançando e apresentando estatísticas e dados, graças ao esforço de cada um de vocês, gestores sociais, que estão lá na ponta realizando o seu trabalho e preenchem os relatórios de avaliação para o ministério”, destacou na noite dessa quarta-feira (4) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Ela fez a abertura do Encontro Nacional de Monitoramento e Vigilância Socioassistencial do Sistema Único de Assistência Social (Suas), em Brasília.

Para uma plateia lotada de técnicos e gestores das prefeituras, a secretária nacional de Assistência Social do MDS, Denise Colin, explicou que o encontro é uma oportunidade de avaliar o sistema, debater mudanças e profissionalizar os agentes da área social. “O propósito é utilizar os dados que viemos coletando em cada município brasileiro em 2011 e também qualificar, para melhoria do próprio sistema, todas as esferas de governo e elementos que constroem e representam essa política no país.”

Na avaliação da secretária adjunta de Avaliação e Gestão da Informação do MDS, Paula Montagner, os dados coletados pelo Censo Suas trazem resultados porque ultrapassam os números e são constantemente confrontados e avaliados em conjunto com os profissionais da assistência social no Brasil. “Nesse encontro, vamos apresentar o que encontramos. E precisamos saber se é uma representação fiel da realidade. Porque coletar informações e não ter essa troca, esse diálogo com os gestores que fazem esse trabalho nos municípios, de nada adianta. É avaliando que vamos conseguir mudar e melhorar o serviço.”

Para a doutora em Assistência Social, Dirce Koga, conferencista da primeira mesa de debates do encontro, “Território, Informação e Modelo de Atenção do Suas”, a política pública não existe sem informação. “Estamos vivendo um momento extremamente significativo da política de assistência social, onde estamos assumindo um sistema de vigilância na área. Não é informação pela informação. Mas sim um sistema como parte do processo de gestão política. E a informação é inerente ao processo de gestão das políticas públicas.”

A ministra Tereza Campello aproveitou a oportunidade para reforçar a importância de continuar integrando os serviços e políticas sociais com as áreas da saúde, direitos humanos e educação. “Porque cada cidadão que atendemos em um Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] tem que ser enxergado de forma integrada, nós não vamos avançar se trabalharmos dentro de pacotinhos”.

Exportação – Tereza Campello destacou que as políticas, programas e tecnologias sociais do MDS estão sendo exportadas para vários países. Segundo ela, governos de países da América Latina, Sul, Caribe, África, entre outros, vêm ao Brasil saber mais sobre as políticas e tecnologias de avaliação sociais brasileiras para implantar no país deles. “Dezenas de países nos visitam semanalmente para conhecer todo esse conjunto de trabalho, essas ferramentas, a tecnologia social do Brasil.”
Para a ministra, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho passado, além de proporcionar uma discussão na área ambiental e apresentar alguns avanços, mostrou à sociedade e aos gestores públicos como o Brasil é visto lá fora. “Para além de tudo que conseguimos avançar e discutir na área ambiental durante a Rio+20, o evento também nos trouxe um grande ensinamento quanto à forma que o Brasil hoje é olhado e enxergado pelo mundo, principalmente nas tecnologias sociais.” Para ela, a realidade social brasileira de hoje, era impensável há 20 anos. “Nós exportamos tecnologia social! Quem imaginaria isso 20 anos atrás? No começo do SUS [Sistema Único de Saúde], nem se pensava em construir um sistema de assistência social. E hoje exportamos tecnologia social, Bolsa Família, Programa de Aquisição de alimentos, entre outras políticas.”

Raphael Rocha
Ascom/MDS
(61) 3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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