Por Pedro Miguel M. Jr. (assistente social)
O Método do Círculos de Cultura é um aplicativo de Temas Geradores que pode ser utilizado como prática social. Utilizando se de dimensões de pesquisa e dimensões educativas este método é fundamental na intervenção profissional do assistente social como instrumento substantivo de orientação estratégica do nosso trabalho dando coerência interna, sentido e perspectiva da dimensão metodológica da realidade.
"Serviço social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as". Este é o tema das comemorações do Dia do/a Assistente Social de 2012, celebrado em 15 de maio. A ideia é fortalecer as lutas do Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação que ofereça ensino público, presencial, laico e de qualidade, em todos os níveis, para todos/as os/as brasileiros/as.
Assim estamos entendendo que o debate, em relação ao tema sugerido pelo Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação exige uma estratégia de comunicação que envolva implementar processos sistemáticos na dimensão metodológica no exercício profissional do assistente social.
Acreditamos que o Seminário Circulo de Cultura é uma oportunidade de fazer uma Leitura do Mundo e da Política Nacional da Educação. A partir desta apreensão, podemos especificar temas geradores que possibilitem problematizar o tema sugerido pelo conjunto Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação.
1 – O Seminário Circulo de Cultura
Objetivo Geral: Estudar o Método Paulo Freire
Conhecendo o método:
O Círculo de Cultura foi um termo utilizado pelo Educador Paulo Freire na década de [1]50 para alfabetizar em tempo recorde analfabetos. Este método pedagógico criado por FREIRE (2008) não tinha apenas este objetivo de alfabetizar; mas o de POLITIZAR.
Este Método possibilita que possamos, no exercício de trabalho e nas intervenções, aplicarmos estas ferramentas de pesquisa participante e dialógicas na identificação da realidade social (Leitura do Mundo). Possibilitando desdobrar qualquer tema. Problematizando estes temas geradores em perspectivas de encaminhamentos concretos e soluções coletivas.
A importância dos profissionais de Serviço Social estarem utilizando este método como instrumento de Conhecimento da Realidade (Leitura de Mundo – em defesa de uma Política de Educação que ofereça ensino público, presencial, laico e de qualidade, em todos os níveis, para todos/as os/as brasileiros/as. – e não um produto fetichizado), Criticidade na ruptura da pseudoconcreticidade (Temas Geradores – desmistificar Temas, conceitos, “verdades” ideológicas – Educação a serviço da formação e relação do Trabalho e Autonomia da classe trabalhadora, conforme o pensamento Marxiano), e a necessidade do(a)s Assistentes Sociais estarem utilizando este método na Problematização destes Temas:"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora". "Serviço social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as".
Relação com o tema alusivo as definições e estrito alinhamento do temário nacional:
Os Círculos de Cultura constitui-se em Espaços de Debate. Práticos. Teóricos e reflexivos. Constituindo-se em PRÁXIS: reflexão da realidade e prática laborial no MUNDO do trabalho e do Capital. A Educação como Mercadoria nestes espaços – círculos de debate – é criticada utilizando se de “temas de dobradiça” onde o Tema:
"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
É debatida de forma: crítica, presencial, dialógica e sistemática.
2 - Concepção Metodológica Dialética
A aplicação da concepção metodológica dialética nos Círculos de Cultura é o ponto de partida do processo de potencializar o debate em Santa Catarina, segundo orientação do CRESS 12ª Região apoiada na definição do temário nacional na programação alusiva ao Mês do/a Assistente Social.
- Ideia-Força: Criar Processos de auto-formação com o TEMA: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
Constituindo-se em um efeito multiplicador na utilização do método do Círculos de Cultura pelos profissionais do Serviço Social como instrumento de Práxis Filosófica, (repoduzindo o Debate sobre o Tema: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".)
A implementação de processos sistemáticos é o ordenamento da agenda proposta pelo Seminário dos Círculos de Cultura:
- Supondo articular o Tema Gerador: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
- Multiplicação dos Participantes: processo de formação continuada do tema.
-O eixo temático: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
- Quadro GUIA do Seminário de Círculos de Cultura
Tema Gerador: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
Participantes: assistentes sociais e alunos na formação
Duração: 3 encontros (Seminários) divididos em 2h cada encontro (efeito multiplicador de Seminários) vários encontros com no mínimo 10 participantes e no máximo 20 part. Contabilizando ao final 10 participantes.
Dinâmica: Prática, teorização, prática (temas desdobrados, objetivos encaminhados, técnica utilizada no combate a Educação como mercadoria, material utilizado)
- Método MPF
- Leitura de Mundo:
(posicionamento e luta contra a mercantilização da educação e de todas as formas precárias de expansão, ao acesso ao conhecimento)
- Temas Geradores:
(posicionado e lutado contra a mercantilização da educação e de todas as formas precárias de expansão)
- Problematização:
1. (Serviço Social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as)
[1] Experiência realizada em Recife constituiu se a
primeira série de Círculos de Cultura em zonas populares. (PADILHA, P. Roberto. O Círculo de Cultura na
perspectiva da intertransculturalidade. Caderno de Formação. Org Escola
Multimeios)
Fonte:
- Projeto formação de educadores populares. ORG Instituto Paulo Freire, 2008.
- Conselho Federal de Serviço Social - CFESS Gestão Tempo de Luta e Resistência – 2011/2014
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